Growth Hacking: o voodoo estratégico que confunde fogos de artifício com engenharia 

Growth Hacking: o voodoo estratégico que confunde fogos de artifício com engenharia 

A febre do Growth Hacking atingiu níveis epidêmicos de pensamento mágico. Enquanto gurus vendem atalhos, empresas implodem pós-honeymoon. Clayton Christensen advertia: táticas sem estratégia são como decorar um menu sem entender nutrição. O resultado? Anemia corporativa. 

A Falácia do “Fail Fast”: Agilidade como Desculpa para a Amadorice 

Testes A/B têm valor tático, mas redução estratégica a isso é usar um termômetro para cirurgia cardíaca. Kahneman provou: vieses cognitivos transformam growth em teatro. Sem etnografia para jornadas não lineares, sem painéis longitudinais para mudanças culturais, sem modelagem preditiva – é tiro no escuro. 83% das scale-ups morrem após a Série B (CB Insights) por ausência de foundations. 

Planejamento Estratégico: A Antítese da Gambiarra 

Enquanto growth hackers obsessam com CTRs, estrategistas com pesquisa decifram: 

– Elasticidades cruzadas (via econometria, como Kotler prega), 

– Vetores de erosão de marca (painéis de equity com cointegração), 

– Cenários de disrupção (war gaming à la Porter). 

Ignorar isso é apostar no caos: empresas sem pesquisa formal têm 72% mais falhas em lançamentos.

Pesquisa de Marketing Profunda é dominar a alquimia perene: 

1. Neurociência do Consumo: Eye tracking + EEG para drivers subcorticais; 

2. Mineração de Dark Social: ML em fóruns anônimos para weak signals; 

3. Simulações Estocásticas: Modelagem de rupturas de cadeia; 

4. Etnografia Algorítmica: Rastreamento de tribos via digital footprint. 

À ESOMAR, SPS (Strategic Planning Society), The Conference Board, C-Levels e Agências: Chega de romantizar amadorismo como “disrupção”. Basta de gut feeling travestido de data-driven. Exigimos:

✅ Auditoria externa em modelos de growth, 

✅ Transparência nos microdados, 

✅ Accountability ligada a LTV e Brand Health. 

Pesquisa não é custo: é colete à prova de balas para decisões. Planejamento não é burocracia: é a planta baixa que impede prédios de desabar. 

Pare de brincar com fósforos. Comece a construir impérios.

#duplamenteinteligencia